A capacidade de resistência dos ucranianos surpreendeu o mundo e ganhou a disputa pela opinião pública.
Era para ser um passeio, um desfile militar pelas ruas de Kiev e outras cidades ucranianas. Quem duvidaria do poderio bélico russo, seus tanques enormes, a supremacia tecnológica, o incomparável contingente de milhões de soldados fortemente armados? E o arsenal nuclear.
Flopou. A capacidade de resistência ucraniana surpreendeu o mundo. Por grosseiro erro de cálculo ou arrogância sem medidas, o ditador Vladimir Putin deu de cara com um povo disposto a lutar. Rapidamente, as redes sociais deram o tom que marcaria a guerra, com vilões e heróis assumindo rapidamente seus postos.
Internamente, no próprio país, Putin teve que ver multidões protestarem contra a invasão. Em quatro dias, já estava definido o vencedor da guerra da opinião pública, das narrativas, das histórias que ficarão na mente e no coração das pessoas.
A Rússia pode até continuar a invasão até um ponto em que a rendição da Ucrânia seja uma questão final. Mas Putin já está derrotado. Ele é o vilão. O homem mau, frio e cruel. Não há mais retorno.
O Tribunal de Haia já reservou a cadeira de réu ao todo-poderoso ex-agente da KGB. O chefão russo cometeu crimes de guerra e reacendeu a fogueira imperialista. Quanto maior a punição a Putin, mais o mundo estará protegido de novos massacres movidos por ambição ou falso patriotismo.